As árvores verdes e frutíferas tornaram-se secas, a grama e terra forte tornaram-se carvão, o céu azul foi engolido por um buraco negro e dele dois filamentos prateados desceram á Terra.

Tudo o que tocavam ou pisavam virava cinzas, cinzas negras como o céu do meio dia. São absurdamente belos, assim como os anjos deveriam ser, mas não havia maldade alguma em suas faces, apenas um olhar de dor. ANJOS CAÍDOS! Sim, são com certeza Anjos Caídos. O da direita possuía cabelos cor de fogo na altura dos ombros e uma espécie de tiara hippie prateada sobre a testa, usava uma túnica preta sem mangas, os olhos eram da cor do antigo céu, a face angular, sem sombra de duvida muito belo.


Aproximei-me deles, ajoelhada perguntei:

- São anjos?

O da esquerda levantou meu queixo com o polegar, fazendo-me olhar em seus olhos, cuja cor era lilás, e respondeu:

- Porque perguntas isso, mulher?

- São belos como os anjos devem ser, mas mesmo estes, não vagam pela Terra.

Soltou meu queixo e virou-se de costas, e como era belo este outro.

- Somos agora, Anjos Caídos, amaldiçoados pelo Criador com a podridão!

O anjo da direita deve ter percebido o pânico em meus olhos, pois se ajoelhou ao meu lado e repousou as mãos em meus ombros, e com uma suave voz disse:

- Não te apavores, pois apesar disso, não desejamos o mal.

E nesse instante me apaixonei pelo Anjo Caído e minha sentença acabara de ser assinada...



~Bruna

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