Hoje trago a vocês uma entrevista com a autora Anita Deak. Ganhei o livro dela, Mate-me Quando Quiser, e achei a história simplesmente fantástica. Entrei em contato com ela e ela concedeu uma entrevista ao blog. Segue abaixo :

Sinopse do livro



1 : Como e por que decidiu escrever Mate-me Quando Quiser?

Sempre quis ser escritora; aos 15 anos cheguei a escrever metade de um livro (manualmente mesmo, nem tinha acesso à internet), mas, infelizmente perdi o caderno. O Mate-me quando quiser começou a surgir em 2009, quando decidi que escreveria um livro. A primeira ideia que tive foi abordar o tema do suicídio, mas como o tema é um pouco batido, senti que precisava de um mote mais criativo. Andando por Barcelona, durante as férias, nesse mesmo ano, me surgiu a ideia: E se uma mulher quisesse se matar e não tivesse coragem? E se ela contratasse alguém para matá-la? Voltei para o Brasil com a ideia na cabeça e, em 2012, resolvi tirar uma ano sabático para escrever. Dei uma pausa no trabalho, enfim, em tudo e me joguei no estudo na Literatura e na escrita do Mate-me Quando Quiser. 



2: Eu me vi presa a cada um dos personagens da trama. E eles são tão humanos, a história de cada um poderia ser a história de um vizinho ou conhecido. O que você pensa sobre cada um deles?

Eu gosto profundamente dos meus personagens. E isso não quer dizer que eu deva ser boazinha com eles ou protegê-los. Eu gosto deles no sentido de que os personagens são chaves para desvendarmos a alma humana, para pensarmos em nós mesmos, no mundo, em como as escolhas e os rumos da vida são influenciados por uma série de fatores sobre os quais não temos controle. O Mate-me Quando Quiser fala dessas variáveis, do imprevisível, de padrões de comportamento, de como a personalidade de alguém define, de certa forma, quem ela é no mundo. O autor só consegue construir essas pensatas, essas reflexões, por meio de bons personagens e ações interessantes. Meus personagens me ajudam a pensar e repensar o mundo. 

3 : Você foi influenciada por algum autor ou livro? Se sim, qual? 


Por vários. Inclusive por livros que não têm nada a ver com o meu. :) Li muito José Saramago enquanto escrevia o Mate-me Quando Quiser. Saramago é extremamente criativo, criou histórias a partir de motes espetaculares (num dos livros dele, o mote é que a morte tira férias e ninguém mais morre) e sabia desenvolver personagens como ninguém. Também sou absolutamente fã do escritor argentino Julio Cortázar e de toda a simplicidade elegante da escrita dele. Mas, olha, é difícil citar todo mundo pq, em média, eu leio dois livros por mês e quase todos eles me ensinam alguma coisa. 


4 : Como foi o processo de publicação do seu livro? Como você se sentiu, antes e depois de ver seu livro físico?


O Mate-me Quando Quiser foi uma aposta no escuro. Quando eu o escrevi, não tinha editora nem conhecia ninguém do meio. Escrevi com a fé de que daria certo e de que ele seria publicado. Então, quando ele foi aprovado pela Gutenberg, eu tive a certeza de que não tinha desperdiçado um ano da minha vida, que o meu esforço tinha valido a pena. Foi maravilhoso. Recebi o livro impresso um dia antes da tarde de lançamento. Chorei, chorei e chorei, foi muito emocionante. No dia seguinte, passei quatro horas assinando livros sem parar. E estava tão feliz que, se não tivesse horário, teria ficado mais quatro e mais quatro e mais quatro. 

5 : O que diria a seus leitores e aos futuros leitores? O que eles podem esperar desse livro?


Eles podem esperar uma história eletrizante, imprevisível e com ritmo. Ao menos, esse é o feedback que tenho recebido das pessoas que já leram. A maioria me diz que leu inteiro no mesmo dia por não conseguir largar. Mas o mais importante é que eles podem esperar uma história feita com muito coração e muita sinceridade.


Ping pong sketch Royalty Free Stock Photography

Um livro: Os trabalhadores do mar, Victor Hugo

Um autor: Victor Hugo

Um personagem: Gilliat, de os Trabalhadores do Mar

Uma música: Clair de Lune, Debussy

Um quote: “O mundo é tão sólido e estável quanto uma camada de espumas sob um poço sem fundo de águas negras.
Significa que somos apenas bonecas. Que não sabemos nada sobre o que realmente acontece.Que só nos enganamos sobre controlarmos nossas vidas porque a uma distância menor do que a espessura do papel, coisas que nos levariam à loucura, se pensássemos nela por muito tempo, brincam conosco”. Neil Gaiman, em Sandman. 

Um filme: Anticristo, do Lars Von Trier



Pra quem se interessou, clique Aqui e leia a resenha do livro . O que acharam da entrevista?

11 Comentários

  1. OLÁ! Fiquei com água na boca para ler a história! A entrevista foi muito bem articulada, espero ter a honra de ler este livro. A resenha me deixou ainda mais curioso! Eu me identifiquei bastante com a autora, pois meu livro A PRIMEIRA CARTA, foi uma aposta iniciada lá no Clube de autores e hoje consegui uma editora para ele! Saudações literárias!
    Voltarei mais vezes, o blog é fantástico!

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  2. Adorei a entrevista e adorei a sinopse de Mate-me Quando Quiser! Nunca tinha ouvido falar sobre o livro mas parece ser muito interessante, parabéns para a criatividade da autora. Espero poder ler em breve :)

    Beijosss
    http://bookspoison.blogspot.com.br/

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  3. Oi Thai! Tudo ótimo?

    Bela entrevista que me apresentou mais uma autora nacional. Não conheço o livro e fiquei louco pra comprá-lo. Essa nova leva de escritores precisa de mais espaço em minha estante.
    O enredo criado pela Anita Deak me chamou muito a atenção em como seria a ação num livro em que a protagonista quer morrer. E olha, com referencias tão magníficas como a do autor José Saramago, essa deve ser uma ótima obra. Também não posso deixar de parabenizar a Ed. Gutemberg por dar esse espaço aos novos autores.

    Parabéns pelo blog! Beijos.

    http://entretenilendo.blogspot.com.br

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  4. Amei a entrevista, a sinopse e me encantei com a personalidade da autora. Parabéns pelo livro!
    http://pausaparaconversa.blogspot.com.br/

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  5. Caramba, essa sinopse! Preciso desse livro, vou colocar na minha lista de "livros para comprar". Não sei porque, mas me lembrou Roberto Drummond ( meu autor favorito), parece algo que ele se identificaria. Quero conhecer esses personagens e quem sabe ama-los como amo os de Roberto. Saramago realmente é alguém em quem se inspirar, sábio e um pouco louco de loucura boa. Gosto de entrevistas assim, nos aproximam um pouco do autor por trás das estorias.

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  6. Thai, que tenho a maior vontade de iniciar uma coluna com entrevistas. Acho ótimo os blogs que fazem isso. Não basta só ler os livros, a gente quer também saber mais dos autores.
    Eu me interesso muito por saber como foi o processo de criação.

    Eu não conhecia nem o livro nem a autora. Fiquei feliz de conhecer. O livro parece ser muito interessante.

    Beijos!

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  7. Fiquei com imensa curiosidade só pelo pouquinho que a autora falou! Ainda melhor quando ela se inspirou em Saramago, português como eu :D Sem dúvida um livro a procurar!
    http://theliterarybusiness.blogspot.pt/

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  8. Oii, tudo bem?
    Fiquei muito curiosa para ler o livro e adorei conhecer a autora!
    Bjs

    http://a-libri.blogspot.com.br

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  9. Oi, tudo bem?
    Adorei a entrevista e fiquei morrendo de vontade de ler o livro.
    beijos

    http://www.under-the-stair.com/

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  10. Muito bacana a entrevista, fiquei mega curiosa quanto ao livro :)
    A autora parece ser bem simpática .
    Abraços

    www.dezenoveprimaveras.com.br

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  11. Oie, tudo bom?

    Adorei conhecer a autora, a entrevista está bem interessante e gostei muito de conhecer seu livro que aliás tem uma capa belíssima (: Depois vou conferir sua opinião completa da resenha e já estou vendo aqui que parece ser um livro bem bacana ;)
    Beijos,
    Um Grande Vício Literário

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