Eu sempre vou contando um pouquinho sobre mim e do blog através das TAG's que divulgo, mas decidi fazer um post específico para isso. Vou contar um pouco mais sobre como comecei a blogar, algumas dificuldades ao longo dos anos e espero que vocês consigam pegar algumas dicas, algumas técnicas e quem sabe até se identifiquem.


Muitos anos atrás, não sei nem precisar quantos anos eu tinha, comecei a frequentar o Telecentro que havia perto de casa. Telecentros são uma iniciativa que oferece um espaço livre para quem quiser usar os microcomputadores, similar a uma lan house, com a diferença de que você só precisava fazer um registro e podia utilizar sem custos. E lá abriam inscrições para os mais diversos cursos, e como era gratuito e eu não fazia nada do meu tempo além de frequentar a escola, participei de vários: introdução a informática - linux, de editores de texto, excel básico, digitação, HTML, pesquisa na rede, sem falar das oficinas, como criação de gifs e edição de vídeos.

Esses cursos, apesar de bem simples, começaram a me dar certo conhecimento sobre a web, porque na época não tínhamos computador em casa. A virada mesmo foi um cursinho sobre Blogspot, não deve ter durado mais do que uma semana, mas foi o suficiente para me mostrar um mundo totalmente novo. 

Criei o meu primeiro blog acessando ao site blogger.com. Durantes as aulas, a gente foi aprendendo a escolher o nome e endereço do blog, um dos temas que já vem pronto e a fazer postagem. Se vocês buscarem no youtube, tem diversos tutoriais sobre isso, porque é bem básico e super simples de fazer.

Não tenho mais acesso ao primeiro blog que criei, nem sei se ainda existe. Mas me lembro de ter postado notícias sobre alguns crimes - cheio de erros ortográficos, e várias opiniões sem nexo haha -. O interessante é que minha 1ª resenha eu escrevi ali, tudo em caps lock e novamente lotado de erros, e me orgulho disso. Foi o meu começo, e eu jamais poderia adivinhar que chegaria tão longe com aquilo. Anos depois, quando tinha encontrado esse post, vi que a autora do livro tinha comentado, querendo entrar em contato comigo, foi bem legal.

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Mesmo quando o curso já tinha acabado, eu continuava a criar blogs aleatoriamente, porque queria ter um. Qual seria o tema dele? Não sabia. Quando peguei para fazer para mim mesma, e não só para o curso, fiz uma postagem sobre meias coloridas, e apesar de ter ficado fofo na época, eu com meus 13/14 anos não queria escrever sobre roupas ou moda, queria escrever sobre algo que eu gostava. E pensei comigo mesma, eu amo ler. E se eu escrever sempre sobre os meus livros favoritos?

Com o passar dos anos, isso virou hábito, mas não pense que sempre fui dedicada a isso: tinha épocas em que passava meses sem lembrar de que o blog existia haha. Depois entrava, postava algo e sumia de novo. Criei blogs sobre RPG's que fazia no facebook, e comecei a colocar mais assuntos do que apenas livros: abrangi filmes e séries. 

No final do ensino médio, eu desejava ganhar dinheiro com ele e ir a eventos que eu queria, mas sem pagar pela entrada. Não que eu não escreva por amor, mas queria profissionalizar mais, sabe? Sentia que estava pronta para dar esse passo, e me inscrevi no Google Adsense. Também passei a inscrever meu blog nos mais diferentes eventos, e em todos eles fui sendo aprovada. Nunca paguei um real que fosse de entrada, seja na Comic Con, Bienal do Livro, BGS, etc. Porém, sempre tive a ciência de que não era apenas para eu ficar lá me divertindo: eu estava ali para trabalhar também. Tirar fotos, filmar, fazer entrevistas e depois reunir o material e jogar na rede.

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É nesse momento que o blog é mais do que um espaço seu: você tem compromisso com o que noticia, com os seus parceiros, etc. E eu não podia continuar postando só quando me desse na telha e apenas sobre os assuntos que eu queria. E não me levem a mal, não é como se fosse um bicho de sete cabeças, mas comecei a faculdade e isso começou a me irritar, sabe? Me sentia obrigada a postar sobre assuntos que eu não queria porque tinha aquela parceria e precisava postar. Só que assim, ninguém me obrigou, ok? Eu quis e depois não gostei.

E tive ótimas parcerias, mas passei a tomar cuidado com contratos e termos, quais eram minhas obrigações e direitos, e não deixar que o meu blog se tornasse um espaço de terceiros. Eu divulgo o seu material, mas vou colocar minhas impressões nele, e não apenas a sua: o blog é meu, e é minha opinião ou a dos colunistas que impera. Com respeito, ética, honestidade. Sempre disse a todos que trabalham comigo aqui: sinta-se livre para expressar suas opiniões e desabafos, só não ofenda alguém e tenha educação.

Com o passar dos semestres do meu curso de Administração, passei a ver o blog mais do que um hobbie ou passatempo que me dava algo que eu queria: era uma fonte de receita que poderia crescer cada vez mais. Só que, mais uma vez, eu tenho ciência de que o meu nicho não é dos melhores. Em um país onde a maioria não lê nem 4 livros por ano, como um blog de literatura vai enriquecer? Criei outros sites, como a Revista Jovem Geek  e o Vida & Estilo, e tenho total ciência de que se estivesse fazendo de outras maneiras, estaria ganhando mais. Só que eu prezo por isso, pela minha opinião e por fazer o que eu gosto.

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Eu amo blogar. Amo escrever sobre os mais diversos assuntos, e costumo colocar fatos da minha vida ali inseridos. Seja aquele livro que eu amei, o filme que assisti semana passada, aquela roupa que eu comprei e ficou mara. É diferente de escrever um conto ou um livro, porque quando crio uma história, eu me inspiro em músicas, personagens, e evito colocar coisas da minha vida pessoal ou dos meus projetos. Escrever em um blog, pra mim, é diferente de escrever um livro. Tenho outros projetos em andamento, como um blog apenas sobre livros de romance e outro sobre Administração. Ajudo minha irmã com o Mixer Kpop, e espero um dia fazer deles um grande grupo. 

Hoje, sou bem mais organizada. Os posts são programados, os assuntos são escolhidos com antecedência e fico de olho no calendário. No mês do dia das mães, eu tenho que escrever sobre isso e assim por diante. É a 1ª vez que eles estão tão organizados assim. Planejei durante o mês de dezembro todo, porque tenho ciência que não é fácil trabalhar, estudar e ainda por cima cuidar de tantos sites. Mas um dia, espero olhar para trás e ver que continuei evoluindo.

 


Meus blogs mostram muito de mim. Mudo a aparência deles constantemente, porque se eu não me sentir à vontade no meu canto, eu não consigo ficar ali postando só para agradar leitores. Amo os meus leitores e as pessoas que me seguem, é gratificante saber que milhares de pessoas acompanham o que escrevo. Não sei se concordam em tudo comigo, sei que muitos são completos desconhecidos que nunca vi na vida e alguns são pessoas que conheço e que nem faço ideia de que leem minhas coisas.

A dica de ouro é: nunca publique o que você não quer que algumas pessoas leiam. O que está na internet é público e pode ser que não saia tão fácil, caso se arrependa. Escreva pensando em quem vai ler, mas também escreva pensando em você e se gostaria de ler isso.

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